Parece que não correu muito bem, acho que a organização já o reconheceu aqui.
Aqui fica o relato de um amigo que foi lá sofrer :)
Aqui fica o relato de um amigo que foi lá sofrer :)
«Relato do Trail de Vilar / Montejunto (supostamente na distância de 22 kms)
Chegámos cedo para evitar atrasos no levantamento dos dorsais, eram 8:00 da
manhã e o termómetro da Mazda familiar marcava “ zero “ graus.
Desgraçado do artista de bicicleta que tínhamos visto 4 kms antes de Vilar.
Levantados os ditos dorsais, inclusive o do Sassá ( desculpa mas não havia
XS, tens que vestir o S que te fica largo mas é a vida ) e que não pôde ir
porque a gripe não deixou; demos inicio á preparação do material, equipamento e
gangas tudo a postos 15 minutos antes da partida, so faltava aquecer, e não foi
fácil; demorei cerca de 15 minutos a descongelar os calcanhares tal era o frio…
Já na zona de partida e vendo que os minutos passavam e ninguém dava o
sinal de arranque da prova maior, ficámos a saber que iria sair toda a gente ao
mesmo tempo; 1º mau sinal a que ninguém ligou; portanto tivemos cerca de 500
pessoas a arrancar numa rua com cerca de 3 metros e meio de largo.
Desta vez imprimi um ritmo mais calmo que em Casainhos, tanto porque tb não
dava para ir muito mais rápido e também porque a distancia e altimetria
exigiam mais respeito. E no meu ritmo fui passando pessoal e descer e a subir e aquecendo à medida que os kms passavam.
Depois de uma zona inicial de estradão, começámos a apanhar os primeiros
trails, tanto a subir como a descer. E eu sempre que podia dava uma olhadela
para o pessoal que ia vendo atrás de mim ao longo do caminho so para me
certificar que o Ouro não vinha perto …
A certa altura e na zona do corta fogo, de onde se tinha uma vista geral do
percurso apercebo-me que não vou assim tão mal colocado.
Pois desde o primeiro que se via, contei cerca de 25 artistas a correr; ora
no meio de 280 que iam para os 22 kms, achei que até ia bem demais embora ainda
faltassem cerca de 12 kms, a coisa prometia.
Depois desse corta fogo e tendo feito o ultimo km a 15 a hora de modo a que
dois atletas não me caçassem, metíamos á esquerda e encosta acima “ que subida
dum filha da pu..a “ … Consegui-me distanciar dos dois que me seguiam e
alcancei uma moça á minha frente com os seus 45 kgs que devia ser a primeira
das mulheres certamente. Ainda fui ali um bocado atrás dela mas assim que um
gajo passou por nós, aproveitei a boleia e fui atrás dele.
Chegados ao topo estava na hora de descer e, esta não era nada meiga; com o
cansaço acumulado, a descer no meio da erva e pedra solta, é preciso abrir bem
a pestana para não deitarmos tudo a perder com uma passada mal dada. Eis se não
quando passam por mim quatro que tinha deixado para trás com uma velocidade brutal,
de tal modo que nem pensei em ir atrás deles. Mantive o meu ritmo e apostei nas
subidas sem parar mesmo correndo devagar.
Assim que começava a subir aproveitava e bebia um gole do bidon e dava uma
espreitadela para trás, não fosse o diabo tece-las…
Sensivelmente ao km 16 e logo a seguir ao segundo posto de abastecimento,
começava-mos a subir ligeiramente e é quando reparo que o grupo que ia em primeiro,
estavam todos parados no topo da subida sem saber por onde seguir; voltam todos
a correr para baixo a dizer que não havia marcações.
Ora a verdade desportiva acabou neste preciso momento; porque da mesma
maneira que eu os apanhei, também quem vinha ligeiramente atrás de mim me
apanhou. Voltamos para baixo em direcção ao posto de abastecimento e as
informações dadas não foram nada esclarecedoras, o que deu a entender que
também não sabiam muito bem por onde devíamos seguir. Curiosamente quando vínhamos
a descer, deparo-me com o Ouro a subir, o que quer dizer que o sacana vinha
sensivelmente a 3 / 4 minutos de mim. Andámos ali a tentar adivinhar por onde
seria, ate que seguimos por um caminho a direita que parecia ser o certo; mas
so devemos ter percorrido mais uns 2 kms no trilho certo; a certa altura
deixámos outra vez de ver as marcações e percebemos isso na integra quando nos
cruzámos com mais gente que vinha num caminho paralelo ao nosso mas de outro
sitio completamente distinto.
Tenho que deixar aqui bem claro que nestas viragens aqui e ali a tentar
adivinhar o caminho, tentei varias vezes fugir do Ouro mas o sacana aguentou-se
bem Só na última e que consegui ganhar ali uns 25 metros. Foi nesta altura que
já completamente embrenhados no mato e certamente fora do trilho certo vamos
dar ao alcatrão a cerca de 16 kms de Vilar e já com o meu GPS a marcar 26
numa prova que deveria ter sido de 22 … aqui já não havia géis, bebida isotónica
nem pernas …
Fizemos cerca de 6 / 7 kms no alcatrão a correr e a andar conforme podíamos
juntamente com mais uns 30 atletas ate que finalmente conseguimos uma
boleiazita de 2 kms . Agradecemos e continuámos o nosso caminho completamente
derreados fisicamente quando vinda do céu, para um peugeot 106 que vinha em
sentido contrário e nos perguntou se queríamos boleia A Dª Carla ( condutora do
carro ) foi uma querida e la nos levou ate Vilar.
Acabámos por fazer na totalidade cerca de 32 kms e nem tivemos vontade de
ir reclamar, tal era o frio e o cansaço.
Foi pena porque tinha sido engraçado ver o resultado final.
Fica a experiencia de ter subido ao Topo do Montejunto a pé, a vista que
não tem preço (quer dizer, neste caso foram 10 euros ) e o treino que acabou
por ser; não me tendo aleijado, até acabou por ser benéfico em termos de forma.
Por ultimo tenho que admitir que desta vez o Ouro chegou á minha frente Vínhamos
os dois no banco de trás do Peugeot ; á frente vinha a Dª Carla e o filho E
quando ela chegou á zona da meta, como os pés do Ouro iam quase até meio do
carro, acabei por ficar 5 cm atrás dele …
Aqui podem ter um cheirinho do que foi a prova, ao minuto 2.59 vê-se o Ouro
de t-shirt técnica amarela…»
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